SER MÃE: O PODER FEMININO DE GERAR VIDAS

SER MÃE: O PODER FEMININO DE GERAR VIDAS

Não gosto do termo empoderamento feminino; prefiro poder feminino. Vivemos tempos em que uma simples opinião como esta poderia se transformar num verdadeiro campo de batalha. Imagine se eu escrevesse em uma rede social o pensamento a seguir – não somos todos iguais. Calma, tentarei explicar. Felizmente somos diferentes. Há quase 7 bilhões de pessoas neste mundo e não há ninguém exatamente igual ao outro. Nem mesmo irmãos gêmeos idênticos são iguais, pois sentimos, desejamos, pensamos de forma diferente. E neste mar de gente diferente, nós mulheres somos quase outra espécie. E quando somos mãe, a grande maioria fica mais complexa, complicada e muito mais generosa e amorosa. Portanto, mãe não muda apenas de endereço como costumam dizer. Ser mãe muda tudo, o corpo, a cabeça e a alma!

O poder feminino
A independência feminina é algo fundamental para a mulher contemporânea, ser mãe não é mais a prioridade para algumas, felizmente a mulher tem a opção de escolha, ou seja, ter ou não filhos (ou deveria ter). Procriar é mágico, diria até divino. Afinal dar vida a um outro ser é algo extraordinário! Ser mãe é experimentar o amor mais verdadeiro de todos, o amor incondicional. O amor de uma mãe pelo filho é um amor verdadeiro e puro. Um amor que muito oferece e quase nada pede em troca. O que permeia as nossas vidas, desde sempre, é algo muito, muito maior, que expressamos através de uma palavrinha tão usada, tão banalizada, mas quando está dentro de nós, de forma verdadeira e intensa, tem um poder absoluto e transformador: O AMOR. Vivenciar o amor é celebrar a vida. “Amor de mãe é a mais elevada forma de altruísmo”, frase do escritor Machado de Assis (1839-1908) que ficou órfão quando pequeno.

A capacidade de gerar vida
Confessadamente sou uma mãe coruja, aliás a expressão vem da fábula “A Coruja e a Águia”, do escritor francês La Fontaine (1621-1695). Resumidamente, a coruja pede para a águia não comer seus filhotes e diz “se encontrares um ninho com lindos filhotes, não os coma”. A águia prometeu, mas você já deve imaginar o que aconteceu, pois aos olhos das mães, os filhos são sempre lindos.
Minha gestação foi totalmente planejada. Estava casada há cinco anos e sentia que estava na hora de ser mãe. Quando descobri que estava grávida, faltavam quase dois meses para o Natal. Não contei para ninguém, exceto para a minha amiga Rose Foglia que depois se tornou madrinha da minha filha. Então, no Natal, quando todos estavam reunidos, entreguei uma linda caixa de presente com um par de sapatinhos dentro. Meu marido ficou simplesmente sem fala, já os parentes não paravam de gritar. Minha gestação foi extremamente saudável e tranquila, nem enjoos eu tive. Numa noite, quando estava com 8 meses, senti uma dor forte durante a madrugada. Contei ao meu marido e ele após ler a apostila do curso que fizemos, disse-me que era alarme falso. Então fiquei até de manhã andando de um lado para o outro no corredor do meu pequeno apartamento. Quando ele acordou, ficou espantado com a minha atitude, pois deveria ter reclamado, no mínimo. Fomos correndo para o hospital. Chegamos por volta das 9h30 e 11h31 minha filha nasceu de parto normal. Senti dores, obviamente, mas estava muito preparada e queria mesmo ter minha filha de forma natural. Mal consegui ver a minha filha, após o parto, pois estava exausta. Depois de ficar um tempo em observação, fui para o quarto. Meu marido e eu esperávamos ansiosamente pelo retorno da minha filha. Foi neste momento em que algo inesperado aconteceu. Quando a enfermeira chegou e vi aquela bebê, tão feinha, olhei para o meu marido e ele parecendo ler meus pensamentos, disse-me “é ela sim!”. Ou seja, mesmo quando planejamos tudo, há coisas que podem nos surpreender. Eu pensava que teria um bebê do tipo de propaganda. Brincadeira à parte, foi só o primeiro susto, depois, ela foi ficando cada vez mais linda e eu cada vez mais apaixonada. Ser mãe é a minha melhor e principal incumbência. Feliz Dia das Mães para todas as lindas leitoras!