MARINICE COSTA PARTICIPA DE EXPOSIÇÃO NO MEMORIAL DE CURITIBA

A artista plástica está em uma nova fase

Esta série tem como inspiração a “vista da minha janela”, uma paisagem real modificada pelo avanço da cidade, pelas condições climáticas, pelo horário, pelo nosso tempo. A paisagem adquire o aspecto visível do espaço.

A definição que os dicionários dão para o verbete paisagem, “porção da terra que a visão abrange”, parece insuficiente, levando a outra questão: é uma representação imagética do que se vê ou do espaço enquanto referência? Ou será apenas uma percepção?

Segundo John Brinckerhoff Jackson,  a paisagem “é uma realidade concreta e compartilhada tridimensionalmente”. Nesse sentido, a percepção só existe porque há uma realidade empírica e objetiva que a possibilita. É dela que partem as determinações do processo perceptivo e não o contrário.

Numa experiência com cores, manchas, linhas e formas, apresento obras abstratas que jogam com a percepção. Procuro confundir a realidade em si com a percepção da paisagem, e, sobretudo com o método para percebê-las. Deixo ao fruidor a possibilidade de localizá-la no espaço interior, nas suas memórias e no seu tempo.

 

1 – NOVO Dicionário da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, p. 1018.

 

2 – JACKSON, John Brinckerhoff. Discovering the vernacular landscape. New Haven: Yale University Press, 1984, p. 5.

 

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