Iluminação natural e conforto térmico ajudam a economizar energia

Construções que investem em iniciativas sustentáveis se destacam com selos e certificações internacionais

Lâmpadas LED e iluminação natural são alternativas que tornam os ambientes mais sustentáveis.
Crédito: Freepik

O consumo de energia elétrica no Brasil aumentou 3,7% em 2023, alcançando a marca de 69.363 MW médios. Os dados são do balanço anual da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Segundo a instituição, o aumento é explicado pelo bom desempenho de setores econômicos e o aumento registrado nas temperaturas no segundo semestre. Além disso, as condições climáticas alavancaram o uso de aparelhos como ares-condicionados e ventiladores no período.

Construções e edifícios que investem em aspectos sustentáveis desde o canteiro de obra, como espaços amplos que priorizam a iluminação natural e o conforto térmico, além de economia de energia, rendem selos e certificações internacionais.

É o caso da certificação LEED, o mais importante selo internacional para construções verdes, que reconhece edifícios sustentáveis e saudáveis, altamente eficientes e econômicos, que oferecem benefícios ambientais, sociais e de governança. Sigla para Leadership in Energy and Environmental Design, o LEED está mudando a maneira como se pensa, planeja e constrói edifícios e comunidades. Presente em mais de 160 países, a certificação se tornou a principal plataforma utilizada para green buildings ou edifícios verdes, em tradução livre.

Proprietária e lighting designer da Plano de Luz, Silvia Pierri é a responsável pelo projeto de iluminação da Galeria Panaceia, em construção em Curitiba. “Nós atuamos há 35 anos no mercado de iluminação, especializados em projetos luminotécnicos e desenvolvimento de luminárias especiais. A Panaceia foi nosso primeiro projeto com foco específico para o LEED. Trazemos projetos mais limpos, que evocam sensações e se comunicam com seus usuários”, descreve.

Marlos Castro, lighting designer do projeto ao lado de Sílvia, afirma que uma característica dos projetos é a leveza e o uso eficiente das luminárias. “O maior desafio foi entender a complexidade e o conceito trazido por esses profissionais. Cada arquiteto e arquiteta explorou seus ambientes de forma livre e criativa, então houve a necessidade de adequar os cálculos luminotécnicos para que atendessem às expectativas de consumo estipuladas”, explica.

Projetos conciliados

Uma das características mais interessantes da Galeria Panaceia é justamente a união de pessoas que pensam e fazem negócios comprometidos com a sustentabilidade.

“É interessante porque traz uma reflexão sobre como cada profissional explora sua visão sobre sustentabilidade, abordando aspectos diferentes e agregando pluralidade no todo. Compactar esses projetos foi facilitado devido à organização preliminar e ao acompanhamento íntimo com as questões da obra em tempo real. Participar desse projeto foi uma experiência gratificante para toda equipe da Plano de Luz”, afirma Silvia.

Outra dúvida comum, presente também nas residências, é o uso das lâmpadas LED. “Sob o aspecto ambiental e de consumo de energia, elas são melhores. A tecnologia do LED proporcionou uma verdadeira revolução no campo da iluminação, trouxe consigo soluções e novos desafios. Graças ao baixo consumo de energia, é possível desenvolver projetos de alta complexidade, sem preocupação com um alto consumo energético. Entretanto, ainda há a necessidade de criação de políticas corretas, principalmente em relação ao descarte dessas peças, que pode ser encarado como um desafio”, acrescenta Marlos.

“Para a Galeria Panaceia, a estratégia de adequação do projeto se resolve seguindo diretrizes específicas, que foram previamente definidas. Também buscamos conhecer a equipe de engenharia e os profissionais por trás de cada projeto, criando uma comunicação livre, que permite a rápida resolução de problemas que podem surgir no decorrer da definição e execução do projeto luminotécnico”, detalha o lighting designer.

Sustentabilidade doméstica

Não são apenas lançamentos imobiliários e construções verdes que investem em sustentabilidade e economia de energia. Algumas medidas simples, como a troca das lâmpadas por LED e o aumento da iluminação natural, com janelas e frestas, podem tornar as residências mais antigas igualmente sustentáveis.

Outra dica que favorece casas mais verdes é a integração de ambientes e o paisagismo com vasos e plantas. Varandas e sacadas também são uma boa alternativa, em casos de reformas em casas e apartamentos, para melhorar a circulação de ar e o conforto térmico.

Por MARÍLIA MESQUITA – Assessora de Imprensa – Bessa Comunicação

Deixe um comentário

Seu e-mail não será publicado.


*