HOSPITAL IPO EXIBE A 12ª. PRIMAVERA DOS MUSEUS

O tema da exposição é uma Homenagem aos 60 anos da Bossa Nova

“INSENSATEZ” – Obra da Artista, Professora e Colunista Katia Velo – Trabalho em acrílica sobre tela, com dimensão: 80x60cm, ano 2018.

 

 

Nascida em 1958, a Bossa Nova nunca deixou saudades, e é homenageada com a exposição “A Bossa, é Nossa!”, no Espaço Cultural IPO. Quinze artistas produziram trabalhos inéditos, nas mais diferentes linguagens e técnicas artísticas, trazendo a musicalidade, as personalidades e a história deste gênero musical que colocou o Brasil na atmosfera mundial da música. A mostra faz parte da 12a. Primavera dos Museus, promovida pelo IBRAM (Instituto Brasileiro de Museus), com a qual o Espaço Cultural participa pela segunda vez em um evento oficial deste órgão federal.

Com curadoria e coordenação dos artistas visuais Carla Schwab e Eloir Jr., o evento em comunhão com o IBRAM, busca enaltecer a musicalidade brasileira através da expressão pictórica e suas possibilidades, enriquecendo o repertório da Bossa com muita arte e, trazendo para esta exposição a conceituada artista aquarelista carioca Sonia Madruga, convidada especial do berço da Bossa.

Segundo os curadores da exposição, cada obra conta com um QR Code (endereço eletrônico) com o qual o público poderá obter informações complementares a respeito dos artistas e dos trabalhos produzidos. “O público poderá interagir com os trabalhos buscando detalhes sobre os artistas e as obras produzidas ou simplesmente conhecer a letra e ouvir a melodia interpretada nos trabalhos artísticos por meio do aparelho celular ou outro dispositivo móvel”, explica Eloir Jr.
Obras em exposição
“Chega de Saudade”, “Desafinado”…“Minha alma canta”, num “Samba de uma nota só”, e da janela vê-se o “Corcovado”…e paisagens sonoras onde desfila a “Garota de Ipanema”, que é a “coisa mais linda” e, é a “Primavera da flor”…, são alguns entre tantos ícones da Bossa , muito bem representados por Ana Lectícia Mansur, Ari Vicentini, Bia Ferreira, Carla Schwab, Celso Parubocz, EloirJr., Katia Velo, Kézia Talisin, Luciana Martins, Luiz Felix, Oswaldo Fontoura Dias, Roberto Mattar, Ruth Mara, Tania Leal e Sonia Madruga (convidada especial do RJ).
“Transcorridos seis décadas do nascimento desta genuína melodia musical, esta senhora Bossa que ainda é Nova, rompe barreiras diplomáticas e coloca sempre em evidência o melhor que o Brasil tem!” , destaca Eloir Jr.

Sobre o Espaço Cultural IPO:
Fundado há 4 anos, o Espaço Cultural IPO localiza-se na sede principal do Instituto Paranaense de Otorrinolaringologia em Curitiba-PR, e tornou-se uma referência artística, humana, de sociabilização e inclusão social que valoriza a produção artística, procurando humanizar através da arte os que ali trabalham ou vem em busca de saúde. Em 2017, durante as comemorações dos três anos de fundação do Espaço Cultural, a Instituição que o sedia também comemorou 25 anos, e em alusão a estas datas, lançou um livro artístico bilingue catalogando os artistas que por lá apresentaram seus trabalhos.

Serviço:
Exposição “A Bossa, é Nossa” – 12a.Primavera dos Museus/IBRAM
De: 03/09 a 03/10/2018 – Horário Livre
Local: Espaço Cultural IPO
Endereço: Rua Goiás, 60 – Água Verde
Térreo
41 – 3314-1500
Curitiba-PR
Entrada franca

MAIORES INFORMAÇÕES:

PRIMAVERA DOS MUSEUS

Primavera nos Museus é uma temporada cultural coordenada pelo Ibram que acontece todo ano no início da estação celebrada pelas cores e flores próprias da estação.  A 1ª Primavera dos Museus ocorreu em 2007, com 300 museus inscritos e 874 eventos. A cada ano, o Ibram lança um tema diferente para nortear as atividades dos museus. Esse ano, o tema da 12ª Edição é Celebrando a Educação em Museus, que tem como princípios e diretrizes nortear gestores, educadores e demais interessados na prática da educação museal.

Educação Museal são iniciativas educativas voltadas à museus buscando atingir um público amplo e diversificado devendo contribuir significativamente para o seu conhecimento, democratização e divulgação. Os museus devem ser espaços de uso amplo proporcionando vivências e práticas diversas.

 

KATIA VELO

Natural de São Paulo, Capital, nascida em 1966. Professora de arte, colunista, fotógrafa, consultora cultural, artista plástica, ensaísta e palestrante.  Especialista em História da Arte Moderna e Contemporânea pela EMBAP (2007); realizou cursos de Especialização em Educação pela USP (1992-1994); bacharelada e Licenciada em Letras – Faculdade Anhembi/Morumbi – SP (1991). Possui em seu currículo, mais de 15 exposições individuais e 150 coletivas, além de premiações em Salões de Arte. Criadora e idealizadora do Projeto #doeumaflor (4ª. Edição). Participou por quase dez anos do grupo CACEV – Centro de Arte Contemporânea Edilson Viriato. Expôs na Argentina, Alemanha, Áustria, Estados Unidos, Espanha, França e Polônia. Desde 2007 é diretora de Comunicação da APAP/PR. Exerceu na Secretaria Municipal de Cultura de São José dos Pinhais os cargos de chefia na divisão de música, literatura e artes plásticas e atuou como assessora e curadora, respectivamente em 2004 e 2013. Desde 2014 assina coluna na “Folha da Mulher”. Há treze anos assina a coluna virtual cultural www.katiavelo.com.br. Por sua atuação tem recebido premiações e homenagens.

 

 

BOSSA NOVA

Entre as décadas de 50 e 60, o Brasil viveu um efusivo momento de alegria e confiança. Vários fatores contribuíram: crescimento econômico, grandes avanços científicos, tecnológicos, mudanças culturais, qualidade do ensino, entre outros. Neste fértil campo, boas colheitas, primeira Copa do Mundo, primeiro prêmio de Maria Esther Bueno no tênis. A Bossa Nova começa a fazer sucesso internacionalmente, seus principais representantes foram: Tom Jobim, Vinícius de Morais e João Gilberto. A música “Chega de saudade” lançada em 1958 de João Gilberto é o marco do início deste período. A música homônima de Vinicius e Tom, “Garota de Ipanema” é considerada uma das canções brasileiras mais importantes. A Bossa Nova sorveu influências do jazz e até do samba. Em 1966, devido ao regime militar a Bossa Nova sofreu represarias e entrou num ostracismo. No entanto, esse estilo musical influenciou definitivamente as novas gerações. Neste ano que a Bossa Nova comemora 60 anos, temos muitos motivos para comemorar e ainda mais para nos orgulharmos.

 

SOBRE A OBRA:

A cada trabalho, surge um novo desafio. Ao receber o convite do curador e artista plástico Eloir Jr. não tinha a menor ideia do que poderia produzir. Após assistir alguns documentários e ler sobre a Bossa Nova, transportei-me para um Rio de Janeiro paradisíaco, de praias quase desertas, de amigos próximos e conversas em bares. As músicas que são quase sussurradas surgiram de uma necessidade de cantar em um tom mais baixo, pois as pessoas começaram a morar em prédios e até os pequenos incidentes como um barco à deriva virava poesia como a música “Um Barquinho” de Ronaldo Bôscoli. Em um tempo onde mulher com um violão era   vista como uma “mulher à toa” Narra Leão é a musa da Bossa Nova.  A música escolhida para realizar a obra foi “Insensatez” de João Gilberto. A música é sobre “dor de cotovelo” como costumava-se falar sobre uma desilusão amorosa e fala de coisas que tocam o coração. “Quem semeia vento, dia a razão/Colhe sempre tempestade “, este trecho da música, para mim, exemplifica perfeitamente o sentimento da Bossa Nova em comunhão com a Primavera.

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