FOLHA DA MULHER DEZEMBRO DE 2015

Então é Natal…

“O melhor presente que podemos dar a alguém é a nossa presença, o nosso carinho e respeito. E isto não vem envolvido em laço de fita!”  Katia Velo

Até já virou piada! Quando a música de Natal interpretada pela cantora Simone toca, começa aquela a irritação. No entanto, muito antes de chegar dezembro, já somos inundados de enfeites, luzes e propagandas natalinas. Aliás, a cada ano, isto acontece mais cedo. Deste jeito não vai demorar, acabou o Carnaval, dá-lhe Papai Noel.  Apesar da brincadeira, trata-se de um assunto muito sério. Esta exposição, este apelo, os excessos de brilho, cor, formas, sons, etc. podem nos provocar mal estar.

Felizmente, a maioria de nós, supera facilmente este fase. É comum conhecermos alguém que não gosta do Natal, geralmente o motivo é o falecimento de um ente querido próximo a esta data, ou mesmo a “obrigação” de ser feliz, já deixa a pessoa infeliz. No entanto, uma coisa que certamente incomoda a maioria de nós é o estresse deste período. Ruas mais cheias, lojas lotadas, shoppings apinhados de gente. É uma verdadeira loucura. O incrível é que o mais importante, celebrar o nascimento de Jesus Cristo (mesmo que apenas simbolicamente,uma vez que não há como determinar a data) é esquecido. Sendo ou não cristão, aliás em tempos de tantos conflitos religiosos, este é um tema bastante espinhoso. O exagero, a crença em uma “única verdade” tem levado muitos religiosos fanáticos a ter atitudes muitas vezes piores até do que um criminoso profissional.

Todos querem ganhar seu presente, mas será que o aniversariamente mais ilustre não gostaria de receber algo?  O mundo está num momento delicado e o Brasil enfrenta uma tempestade financeira. O brasileiro que já tem certa síndrome de viralata “como dizia Nelson Gonçalves” ficou ainda pior. A crise é um fato, não estou tampando o “sol com a peneira”, mas a crise está sendo agravada por todos.  Buscando uma forma de se proteger, ou como sempre na cartilha da lei de Gerson “levar vantagem” provoca um aumento ainda maior. Não é preciso ser economista para observar o quanto tudo subiu de preço e muito mais do que a inflação. Como disse na última edição deste jornal é algo cultural que precisamos mudar. Explicações para esta atitude há inúmeras, principalmente histórias, mas este não é o meu objetivo.

Vamos resgatar o verdadeiro espírito do Natal! Cada um deve buscar o que mais o faz feliz e o deixa bem. Mas, pense bem. Eu penso que em dezembro, deveríamos começar a desacelerar, afinal já fizemos tanto durante o ano todo! Este seria o momento de refletir e prepararmo-nos para o próximo ano. E como vivenciar este período sem ficar estressado? Resposta eu não tenho, mas vamos buscar alternativas?

Ficar de mal como o mundo e todo mundo, falando que Natal é só comércio, não acho uma boa ideia. Afinal, precisamos de rituais. As datas comemorativas nos dão um norte, demonstrar-nos os fatos importantes que devemos lembrar: aniversários, feriados (embora alguns sem muito sentido e outros muito importantes, mas não enaltecidos como mereceriam), são festividades, diria até necessárias! Mas, como comemorar sem muito dinheiro e com o espírito natalino meio apagadinho?

Vamos lá!  Use a criatividade! Todo mundo sabe fazer algo: um bolo, um objeto de decoração, ou até escrever um bilhete, revelar uma foto. Faça algo que envolva mais a criatividade, o carinho, um mimo mesmo. Os melhores presentes que podemos dar a alguém não são encontrados em nenhuma prateleira. Lembre-se de seus melhores momentos natalinos, principalmente quando era criança. As brincadeiras, as guloseimas, os encontros, os cheiros são minhas lembranças. Lembro-me do cheiro da boneca nova! Lembro-me mais ainda, dos abraços, dos sorrisos e da alegria no ar. Faça diferente!

Cultive e espalhe a PAZ! FELIZ NATAL!

2 Comments on FOLHA DA MULHER DEZEMBRO DE 2015

  1. Christyano Eduardo Ricetti // 16 de dezembro de 2015 em 6:47 //

    “Então é Natal! e o que você Fez? O ano termina e nasce outra vez” essa certeza relativa em minha opinião é um bom começo, meu avô, quando escrevia em seus cartões a todos o filhos e netos desejava auspiciosos votos na data natalícia. Ao seu modo fazia anos pensar em sua atitude de escrever a cada um, meio antigo, quem Sabe? lembrar da simbologia que representa o nascimento, a renovação na aparente tradição. A tradição do carinho, da lembrança, da valorização o simples, da importância de cada um- mesmo dos mais novos que nem sequer sabiam o que significava aquelas palavras diferentes- da reunião. A cada ano uma nova possibilidade pois, escrevia “nesta data e nesta data está ele nos mostra no o agora. Que é o tempo onde os acontecimentos reais, fatuais acontecem. E mesmo fazendo algum tempo que tenha partido o seu exemplo entre os “seus”, permanece àqueles que quiserem. A tradição do saudável, do humano, do olhar afetuoso, e da presença não nos traem nunca. Namaste!

  2. Querido Professor Christyano! Linda mensagem! O que deixaremos quando partirmos? Um gesto tão simples como o do seu avô, cheio de significado. Que possamos, ao nosso modo e tempo deixarmos marcas positivas! Namaste! Beijo,KV

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