EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA VIVÊNCIAS NO SESC CASCAVEL/PR

 

A presente exposição nasceu com o intuito de destacar o trabalho social com idosos que é desenvolvido na Unidade do Sesc Cascavel, por meio de diversas ações realizadas através do Grupo de Convivência. A fotografia foi, portanto, o instrumento escolhido para representar este trabalho. Através do olhar de Cinthia Xavier – que é colaboradora da Instituição em Cascavel, e, em seu tempo livre, dedica-se ao estudo e aprimoramento da fotografia – reapresentamos a exposição Vivências, que esteve no Sesc Cascavel no ano de 2014, entre os dias 02 a 11 de setembro. Devido ao pouco tempo de permanência deste trabalho no ano passado e ao êxito alcançado, reapresentamos Vivências – que integra a programação cultural do Sesc em 2015.

O Idoso no Sesc:

O Sesc define uma política social para o segmento da clientela idosa levando em conta sua formulação os aspectos biológicos, psicológicos, sociais e demográficos específicos da velhice. A constatação do isolamento e da exclusão social dos idosos, foi observada, pela primeira vez, nas dependências do Sesc, na década de 1960. Esse isolamento assumia características de marginalização social. Dentre muitas causas apontava-se a aposentadoria, que acarretava a perda do papel profissional, a diminuição das condições econômicas, as imagens preconceituosas atribuídas à velhice, a ausência de um papel econômico ou social por parte dos velhos e o pouco interesse das camadas jovens da população com a questão social da velhice.

Os idosos que frequentavam a Unidade do Sesc Carmo (São Paulo) naquela época procuravam por atividades que ocupassem o tempo livre. Não era o segmento da clientela que procurava usualmente os serviços oferecidos pelo Sesc e que se retirava após o término da atividade. Era um segmento que perdurava sua presença nas dependências do Sesc, tornando-o um espaço de convívio.

A percepção da presença de idosos, num espaço predominantemente ocupado por jovens e adultos, manifestava uma demanda social em estado latente, levando Sesc, em São Paulo, a organizar um trabalho de caráter socioeducativo e cultural voltado exclusivamente para o atendimento desta clientela.

No início, o trabalho era realizado pela nucleação de grupo de idosos para a prática da atividade de lazer. Procurou-se, com esta abordagem, atingir dois objetivos: ocupar parte do tempo livre desta clientela e proporcionar-lhes, através das práticas de lazer, relações de camaradagem e companheirismo. Em outras palavras, construírem entre si um convívio que lhes desse a oportunidade de se manifestarem e serem vistos como iguais pelos demais parceiros. Às ações originais do trabalho que objetivavam diminuir o isolamento social do velho se juntaram outras atividades de naturezas diversas com intenções mais ambiciosas, resultando num programa mais amplo de atendimento à velhice.

Posteriormente esse programa foi amplamente incorporado aos demais Departamentos Regionais do Sesc, que, através da vocação local, considerando a cultura e a realidade de cada comunidade, desenvolveram trabalhos que guardam o pioneirismo, assim como mantém até hoje a possibilidade de transformação social. Os grupos de convivência, através do desenvolvimento de atividades sistemáticas pautadas na metodologia de grupo, visam estimular a participação social do idoso, colocando-o em contato com um maior número de pessoas da sua idade e de outras gerações. Desse modo, procuram favorecer o acesso ao conhecimento das grandes questões da atualidade, aumentando o nível de informação e, consequentemente, a formulação de novas expectativas vivenciais.

No decorrer dos anos, outras ações foram implantadas e estão voltadas ao atendimento dos principais interesses dos idosos. Como exemplo, citamos a promoção da saúde, socialização, promoção da autoestima, sempre no intuito de um maior desenvolvimento pessoal e social e uma maior integração à comunidade. Essas ações desenvolvidas nos Centros de Atividades do Sesc visam à promoção do envelhecimento saudável, ao estimular e valorizar o processo de participação social, através do grupo de Convivência e de Projetos.

A Política Social do Sesc para os idosos oferece espaços para o lazer, a cultura e o convívio, nos quais em todas as suas atividades a ações estão presentes as intenções socioeducativas que possibilitam ao idoso ter uma melhor compreensão de sua cidadania, do seu papel social, recuperando sua autoestima e autonomia. Assim o idoso pode se por como sujeito de sua história de vida, interferindo e contribuindo para mudanças na comunidade.

Atualmente, o Trabalho Social com Idosos se faz presente em 27 estados, em cerca de 150 municípios, atendendo em torno de 150 mil idosos. O sucesso inicial alcançado ensejou uma presença maior de idosos nos Centros de Atividades do Sesc e a necessidade de uma ampliação dos objetivos deste trabalho social e, portanto, a definição da política social de atendimento aos idosos pelo Sesc.

A lógica que preside esta política social é que o Sesc não pode ser apenas um espaço onde os idosos se divertem e convivem, ocupando parte do tempo livre. Limitar a entidade a esse tipo de atuação não permitiria aos idosos terem uma melhor compreensão do seu estar no mundo e, em decorrência, transcenderem para a condição de ser no mundo.

Texto de Maria Clotilde Barbosa Nunes Maia e Claire da Cunha Beraldo.

SESC. Divisão de Planejamento de Desenvolvimento – Modelo Trabalho Social com Idosos: módulo político. Rio de Janeiro: SESC, Departamento Nacional, 2009.

Lysiane Cassia Baldo | Técnica de Atividades – Cultura
SESC Cascavel
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