Educação ambiental começa pelo exemplo

 

Educação ambiental é assunto sério no Colégio Positivo, de Curitiba (PR). Desde o primeiro contato com a instituição, os estudantes são orientados sob a valorização da sustentabilidade. Discussões sobre o meio ambiente são usadas como base de inúmeras disciplinas. A forma encontrada pela escola para mostrar aos alunos a importância do assunto foi o exemplo, a começar pela própria sede física do Colégio Positivo Internacional. A instituição foi a única escola do país a receber a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) nível ouro, da Green Building Council Brasil, para construções verdes.

As principais vertentes avaliadas pelo órgão – membro do Conselho Mundial de Incentivo a Operações Menos Agressivas ao Meio Ambiente na Construção Civil -, que libera quatro níveis de certificação (bronze, prata, ouro e platina), foram a economia de recursos, eficiência energética, materiais e recursos adotados, qualidade ambiental interna e inovação do Colégio Positivo Internacional. “A certificação em nível ouro estimula a prática do consumo consciente nos alunos, colocando o colégio como referência mundial e contribuindo para o progresso sustentável da sociedade”, aponta a diretora do Colégio Positivo Internacional, Audry Castello Branco.

Para o diretor-geral do Colégio Positivo, Celso Hartmann, a obtenção da certificação LEED no padrão ouro é um reconhecimento do compromisso da instituição em preparar os alunos para os desafios atuais da sociedade – experimentando, na prática, soluções e atitudes que beneficiam a todos.

“Procuramos aplacar os impactos ambientais, sociais e econômicos da edificação, considerando não apenas a obra, mas também a escola em sua plena capacidade ao longo dos anos”, afirma. “O LEED ouro no Colégio Positivo Internacional se soma a certificação ISO 14001 de gestão ambiental, que reconhece os esforços das unidades educacionais do Grupo Positivo em minimizar seus impactos ambientais”, destaca Hartmann.

Vantagens

O modelo construtivo utilizado no Colégio Positivo Internacional oferece vantagens significativas, graças à estrutura inovadora. Por exemplos, na unidade, há a redução quase pela metade do consumo de água potável e economia de 74% da energia elétrica, com o aproveitamento da luz natural e o uso de sistemas inteligentes que aproveitam os potenciais inerentes ao meio ambiente. As reduções levam em conta uma comparação com escolas do mesmo porte que não seguem a lógica da construção sustentável. Conforto térmico, luminoso e acústico, qualidade do ar e redução do impacto ao entorno foram outros aspectos avaliados.

Enquanto no Brasil o Colégio Positivo Internacional é a única escola que recebeu o selo ouro, no plano internacional, mais de 800 instituições já foram certificadas em 143 países. A conquista da certificação LEED é fruto de uma série de exigências que compõem a edificação do colégio desde a construção – resíduos da obra tiveram triagem até serem encaminhados para reciclagem ou reutilização -, manutenção (com a utilização de produtos com menos compostos tóxicos) e o uso propriamente dito: nas torneiras, foram instalados arejadores, que misturam ar e água, para reduzir a vazão, o que pode diminuir em até 88% o consumo de água nas torneiras.

Também destaca-se a redução do uso de energia, em função do controle de temperatura, que dispensa o ar-condicionado. Isso acontece por meio de paredes mais pesadas, telhado branco e um sistema de ventilação natural cruzada nas salas de aulas. O aquecimento de piso reaproveita a água da chuva, que é aquecida a gás e passa em um circuito fechado. Dessa forma, o calor é irradiado para o ambiente, proporcionando calefação quando necessária. Sem o uso de ar-condicionado, o consumo de energia em sala de aula diminui 39%.

Segundo a diretora do Instituto Positivo, Eliziane Gorniak, a escola deve promover a consciência sobre direitos e deveres dos cidadãos – e o ambiente sustentável reconhecido por meio do selo tende a ser absorvido e compreendido pelos jovens. “Nosso desejo é o de que um aluno que estude em uma escola na qual se preconiza a minimização de impactos sociais e ambientais presencie na prática uma educação diferenciada”, explica.

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