COLUNA KATIA VELO – JORNAL FOLHA DA MULHER – SETEMBRO/2014

Coluna Katia Velo no Jornal Folha da Mulher Edição Setembro / 2014

A ESTAÇÃO MAIS COLORIDA DO ANO

 “Na natureza, encontro todas as formas e cores que me inspiram. “  Katia Velo

A pintura foi durante séculos uma das únicas formas de registro histórico, de expressar os sentimentos, as emoções, de manter as tradições.  Com o surgimento da fotografia, a pintura sofreu uma grande mudança, isto porque,  já não fazia mais sentido buscar a perfeição.  Alguns artistas rejeitados em Salões de Arte se uniram e criaram eles próprios um salão – O Salão dos Recusados. Inicialmente, causou grande estranheza aos visitantes.  Posteriormente, tornou-se um dos movimentos artísticos mais admirados da História da Arte.

A necessidade de romper com o rigor acadêmico que classificava de “pinturas dignas” somente as pinturas que retratavam de forma fidedigna a realidade e a necessidade de expressar algo além de fatos históricos, bíblicos, de personalidades importantes, foram fundamentais para o sucesso desta nova expressão artística – O Impressionismo.

Impressionismo, corrente artística de origem francesa, cujo principal objetivo era expressar de forma mais autêntica, nunca antes experimentada. Os artistas impressionistas buscavam temas como: observação da natureza a partir de impressões pessoais e sensações visuais imediatas. Uma nova pintura e uma nova forma de pintar em “plein air”, ou seja, ao ar livre.  O Impressionismo tem na figura de Monet, um dos seus maiores representantes. Embora o pai deste movimento seja um pintor com nome semelhante Manet, Edouart Manet.  Mas, há uma lista enorme de artistas representativos deste período: Renoir, Degas, Pissaro, Sisley, são alguns deles.  Gauguin, Van Gogh, Lautrec, Cézanne são responsáveis pelo início da Arte Moderna.

Monet construiu um jardim, lindo e exuberante, com flores exóticas entre elas as ninfeias que foram importadas do Japão. Monet pintou o seu jardim, em Giverny na França, de várias formas em diferentes momentos do dia.  A dedicação de Monet era extrema e além dele mais seis jardineiros  cuidavam do jardim que também possuía um lago. Este local tornou-se tão fundamental para Monet que durante vinte e cinco anos ele o retratou,  até o final da sua vida.

Com a proximidade da estação mais colorida do ano, a Primavera, eu não poderia deixar de falar deste momento tão fértil e tão difundido no cenário das Artes Plásticas. As cores no meu trabalho são fundamentais como descrevi na minha última exposição individual “Minhas Cores”.  O contato com a natureza nos faz sentirmo-nos mais vivos, mais próximos de algo divino. Desejo a todas que esta Primavera traga um novo cenário em suas vidas, cheio de luz e cor. E, principalmente,  “carpe diem”,  ou seja, aproveite o dia, como os mestres do impressionismo nos ensinaram!

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