O que realmente importa

Cicero Bezerra coordenador Teologia Uninter
Crédito: Divulgação

A Prefeitura de São Paulo vai instalar dois mil leitos para atender pacientes com coronavírus de baixa complexidade. O anúncio foi feito pelo prefeito Bruno Covas durante agenda no Hospital de Parelheiros, na Zona Sul da capital paulista. A medida visa liberar espaço nos hospitais municipais para que tenham disponibilidade para receber pacientes com casos mais graves do Covid-19. Excelente e exemplar medida da prefeitura de São Paulo, uma das cidades mais afetadas pelo vírus.

Enquanto isso, as igrejas estão debatendo se farão cultos e missas (no caso das católicas). O debate e a postura não devem ser litúrgicos, mas sim de ação para atender as pessoas carentes e a população de risco, como os idosos, oferecendo amparo e soluções práticas como, por exemplo, fazer compras em mercados e farmácias, e até mesmo criar um programa de atendimento aos idosos — como cuidadores e companhias para aqueles que estão sozinhos e não tem familiares para acompanha-los.

Por sua vez, para onde irão os moradores de rua tendo em vista a pandemia? Quantos templos parados que poderiam oferecer abrigo para essas pessoas que não têm onde morar.

Um pastor me ligou dizendo que sua igreja está montando um depósito de alimentos para prevenir situações na qual a alimentação possa acabar. A verdadeira religião é cuidar dos órfãos, das viúvas, do pobre e do estrangeiro. Nesse espaço, não adianta discutir se vamos realizar cultos ou missas. A necessidade é outra.

Cabe aos líderes religiosos estarem atentos às necessidades ao redor e mobilizar seus liderados para que se disponham a ajudar: pão para quem tem fome, roupa para os despidos e abrigo para os desamparados.

Autor: Cicero Bezerra é coordenador da Área de Humanidades da Escola Superior de Educação do Centro Universitário Internacional Uninter.

 

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