Lançamento do livro CRUZ MACHADO – Lenda virou história

Imagem: Capa/Livro

O jornalista e historiador Ulisses Iarochinski lançou mundialmente, no último sábado (23/02/09), na maior livraria online do mundo – a Amazon.com – seu mais recente trabalho em formato E-book. O livro de 261 páginas conta a história da maior colônia de imigrantes polacos do Brasil – Cruz Machado – localizada a 40 km de União da Vitória.

Resultado de cinco anos de pesquisas na Polônia e no Brasil, “Cruz Machado – Lenda virou história”, ao mesmo tempo desmistifica e desmitifica a oralidade histórica de pessoas envolvidas e de descendentes, que transformaram em lenda uma história que não teve tanta tragédia assim.

Iarochinski declara que levou 13 anos para publicar a obra. Depois de várias tentativas de publicar em papel, por meio de patrocínio, editoras, apoios institucionais, leis de incentivo, rendeu-se e acabou por lançar um livro não-impresso, no formato online. “Teve que ser via E-book. Não porque não quis lançar em papel, mas porque nunca houve dinheiro para tal”.

Cruz Machado, hoje município do Sul do Estado do Paraná, foi criado como colônia de emigrantes polacos, rutenos e alemães, em 19 de dezembro de 1910. Já nos dois primeiros anos recebeu 5.500 imigrantes, sendo 95% polacos. E foi justo neste momento, que uma trágica lenda começou a ser contada.

Contudo, Iarochinski depois de produzir o documentário “Cruz Machado – Os Polacos e o Tifo”, ganhou bolsa de estudos do governo da Polônia e foi para Cracóvia escrever tese sobre o que teria sido a maior tragédia ocorrida entre os fluxos imigratórios do Brasil.

Surpresas e contradições foram surgindo ao longo das pesquisas e das contraposições de informações. De um lado o depoimento de pessoas com quase cem anos de idade, e de outro documentos primários, publicações oficiais, jornais da época e relatos de viajantes polacos desmentindo e desqualilificando a oralidade dos envolvidos na tal “tragédia”.

Iarochinski afirma que teóricos da historicidade falam existir ligação entre memória e identidade. Que ambas se conjugam e se apoiam para produzir uma narrativa, uma história ou um sacralizar do mito. “A memória individual é um fragmento da memória coletiva, onde membros de um grupo produzem a respeito de uma memória comum. Fontes orais nos contam não apenas o que o povo fez, mas o que queria fazer, o que acreditava estar fazendo e o que agora pensa que fez. A história oral trabalha com lembranças. Enquanto a memória é vida, gestada por grupos vivos, em permanente evolução; a história é uma reconstrução incompleta e problemática do passado.”

Para Iarochinski “se a memória é afetiva e mágica; a história é uma operação intelectual. Exatamente como a memória, a ciência história pode remontar o passado e foi isto que aconteceu em Cruz Machado. A oralidade tomou conta da história e a subverteu, criando uma lenda fantástica e trágica para explicar as dificuldades de seu início. Ao ignorar, omitir e confundir a história real da colônia de Cruz Machado, oficializaram a lenda em detrimento dos fatos, registros e documentos”, completa o autor.

 

SERVIÇO:

“CRUZ MACHADO – Lenda virou história”

Está disponível para venda na Amazon.com no endereço

https://www.amazon.com.br/dp/B07P197Y34,

no valor de R$ 22,54 (vinte e dois reais e cinquenta e quatro centavos)

preço Kindleunlimited.

 

3 Comments on Lançamento do livro CRUZ MACHADO – Lenda virou história

  1. Roberto Brochado Abreu // 8 de março de 2019 em 15:59 //

    Preciso de contatar por email para propor parceria com o autor do livro Lenda de Cruz Machado, sobre a vida do filho de imigrantes polocos, o padre José Lidwin Surek que do Paraná veio para V.Velha ES e aqui atuou de 1915 até 1961, e teve grande protagonismo. Tenho dados sobre ele e fotos. Foi enterrado em Araucária onde morreu aos 74 anos em junho/1961. Jornal Lud publicou duas notas sobre ele. Merece uma homenagem e até um livro paralelo sobre ficção de possíveis aventuras que tenha perpetrado na segunda guerra.Parabens pelos livros do Ulisses !

  2. Olá Roberto, tudo bem!

    Eu postei a matéria, mas não tenho o contato do autor do livro. Quando conseguir, eu entro em contato.
    Meu e-mail é katiavelo@terra.com.br
    Abraço, Katia Velo

  3. INGRID RENNECKE // 11 de janeiro de 2020 em 15:21 //

    Olá olá Roberto Brochado Abreu. Sou Ingrid e sou descedente de pessoas que moraram em Cruz Machado nos anos de 1915 a 1936. Fiquei curiosa de saber sibre as fotos q vc eventualmente teria daquela época . PEÇO gentilmente que entre em contato comigo pra dar sequência a uma conversa sobre essa cidade e aquela época. vou mandar meu wats 042 999176022. ou e-mail ingridrennecke@gmail.com agradeço desde da uma RESPOSTA SUA. ABRAÇOS

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