Estudantes desenvolvem produtos para estimular a produção sustentável do pinhão

Substrato da pinha, livro de receitas e panfletos informativos foram criados por alunos de Curitiba para preservar árvore que é símbolo do Estado

Crédito: Divulgação

No dia 21 de setembro é comemorado o Dia da Árvore e também o início da primavera. Grande símbolo da preservação da natureza, a araucária (Araucaria angustifolia) corre o risco de extinção, assim como diversas outras espécies. De acordo com um estudo da Universidade de Reading, no Reino Unido, a árvore símbolo do sul do Brasil pode desaparecer até 2070 se as mudanças climáticas continuarem na mesma tendência. Segundo a pesquisa, a espécie já perdeu 97% de seu território original.

 

Além do aumento nas áreas de conservação e ações de preservação, há projetos que estimulam o consumo do pinhão, semente da araucária, prato típico do Paraná. Alunos de Curitiba (PR), do 5º ano do Colégio Marista Paranaense, por exemplo, desenvolveram um substrato à base da pinha, um livro de receitas e panfletos informativos com o resultado das pesquisas realizadas durante o semestre sobre o pinhão. Tudo foi pensado para ajudar na preservação da árvore símbolo do Paraná. A ação faz parte do Projeto de Intervenção Social do Colégio, que incentiva os alunos a pesquisarem assuntos de seu interesse de modo interdisciplinar. A prática foi batizada de “Curi-Pis”, em homenagem à semente que estimulou toda a pesquisa.

A professora e especialista em Pedagogia e Ciências Sociais, Gleicy Mayers Felisberto, explica que as crianças, na faixa etária de dez anos, se envolveram integralmente com o projeto. “A pesquisa e os produtos são resultados da criatividade e curiosidade dos alunos. A partir de uma pinha encontrada, surgiu a iniciativa de se aprofundar no assunto, e aí a informação e a busca por conhecimento lideraram a trajetória da turma durante o ano”, comenta.

O substrato, feito à base da casca do pinhão, pode ser usado na jardinagem para fornecer nutrientes para plantas. Já as receitas foram selecionadas para estimular o consumo da semente da araucária e com isso impulsionar o plantio e a preservação da espécie. Nesse sentido, os alunos produziram também diversas mudas da árvore para tratar a questão por todos os ângulos. “Eles foram a fundo na pesquisa e se preocuparam com diversos aspectos da questão de preservação da araucária. Desde o plantio de mudas até o estímulo financeiro para produtores e manutenção de áreas de preservação para a espécie”, conta a professora que orientou o projeto durante o semestre.

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