ENTREVISTA ESPECIAL – MÊS DAS MULHERES: ADRIANA POTEXKI

EM FOCO - Psicologia

Adriana Potexki
Divulgação

Minibiografia

Sou ADRIANA POTEXKI, nascida em Curitiba, com formação em Psicologia, na Pontifícia Universidade Católica do Paraná, terapeuta certificada pelo EMDR Institute e Brainspotting, sou escritora, palestrante internacional e colunista do Formação Canção Nova.

Adriana Potexki
Divulgação

Descreva você em poucas palavras?

Meus pais, Leon e Joana, crescerem em colônias polonesas no Paraná. Sou mãe do Lucas, adolescente de 15 anos, aventureira, amante da natureza e das alturas. Vim de uma família bastante religiosa, desde pequena sempre estive em vários segmentos de serviços pastorais.

Descreva a sua profissão?

A psicologia é mais que uma profissão, é também uma missão na vida dos pacientes que ajudo a curarem suas feridas mais profundas. Na sociedade, ministrando palestras e criando conteúdos que ensinam sobre a complexidade do ser humano e suas relações. Como escritora tenho a honra de ter meus livros não somente no Brasil, sou autora dos livros “Cura dos Sentimentos – em mim e no mundo”, (Editora Paulinas), “A cura dos Sentimentos nos Pequeninos – Papai e Mamãe brigaram” e “Vencendo os traumas que nos prendem – descubra os primeiros passos para recomeçar” (Editora Canção Nova). Os livros tem asas e voam espalhando sementes em corações áridos e machucados.

Adriana Potexki
Divulgação

O que para você representa sororidade?

A origem da palavra está no Latim SORÓR, que significa “irmãs”. Numa sociedade tão competitiva que luta por poder, bens, posição social, se faz urgente a UNIDADE. No entanto unidade não significa pensar igual. A riqueza que há em cada mulher pode contribuir e ampliar visões a respeito de pontos conflitantes.

A unidade entre mulheres não pode correr o risco de segregar, muito pelo  contrário deve buscar pontes de diálogo com as diferenças. Somos parte de um todo, assim como partes de um mosaico. Precisamos uma das outras, e também uns dos outros.

Quais as ações que as mulheres podem fazer para melhorar o cenário paranaense na sua área de atuação?

O trabalho de um psicólogo se espalha em múltiplas esferas da sociedade. Um voluntariado que me marcou foi na penitenciária feminina ajudando as detentas no resgate de uma dignidade. Nenhum trabalho é pequeno, seja orientando uma pessoa de seu bairro ou grandes grupos na cidade ou estado.

Cite um filme, um livro, música ou frase que a inspira?

Acabo de ler o livro “A Bailarina de Auschwitz” (Autora Edith Eger). Edith é uma das sobreviventes do Holocausto e conta sua história. Neste livro é impactante a força humana e transcendente de uma mulher que passou pelas situações mais adversas possíveis e escolheu ser plenamente quem era em toda sua essência. Hoje ela é psicóloga, palestrante e ajuda pessoas feridas à descobrirem o sentido de suas vidas.

Neste livro ela conta sobre prisioneiros que, mesmo depois do fim do Holocausto, ficaram zanzando em volta do campo de concentração. É preciso ter coragem para abandonar o passado que feriu, seguir resgatando quem você foi e descobrindo quem você é capaz de ser, independente da dor que passou. Temos o poder de escolha, somos livres.

Quais suas expectativas para o futuro?

Só podemos pensar em futuro se fizermos o que precisa ser feito no presente. Somos cheios de dons, e um deles é ensinar a humanidade a ter sensibilidade de viver plenamente o momento presente. Como disse uma paciente nesta semana: “Estou vendo que é no ordinário que está o extraordinário”.

O que representa a homenagem por ocasião do dia internacional das mulheres, para você?

É um dia que nos faz lembrar quem somos. Somos um poço de sentimentos, sensibilidade, criatividade, humanidade, cálice do amor. Que nunca nos tornemos iguais aos homens. A busca dos direitos da mulher se faz necessária com toda a certeza, mas com o intuito de podermos ser cada vez mais MULHER.

Deixe uma dica para as leitoras da Coluna KV.

O essencial está nas coisas mais simples. Esse “simples” tem se tornado invisível, banal, no meio de tanta tecnologia, conhecimento teórico, carreira. Precisamos parar de quebrar as “xícaras”, como acontece no início do filme da Barbie, e sentar como quem amamos sem pressa para tomar aquele chá de vida, sabedoria e alegria de estar em verdadeira UNIDADE. 

Instagram @adrianapotxki

Entrevista exclusiva para Coluna KV

https://www.katiavelo.com.br/

Deixe um comentário

Seu e-mail não será publicado.


*