ENTREVISTA COM ANA FEITOZA – Designer de Interiores @sehabitar

A bela e doce designer de interiores, Ana Feitoza.
Crédito: Arquivo Pessoal.

Na Coluna KV, sempre buscamos histórias inspiradoras, e a conversa com Ana Feitoza (@sehabitar) foi um convite para refletir sobre a simplicidade e o significado dos espaços que habitamos. Arquiteta e designer, Ana compartilha uma visão única sobre como a arquitetura vai além da estética, influenciando nossa relação com o mundo.

Em nossa entrevista, falamos sobre maximalismo, conforto e a importância de um lar que reflita nossa essência. Ana nos lembra que viver bem não é sobre acumular, mas sobre escolher com intenção. Acompanhe esse bate-papo enriquecedor na Coluna KV!

Você poderia nos contar um pouco sobre sua trajetória profissional e o que a inspirou?

Eu tenho uma primeira formação em Direito, mas com o coração sempre focado na decoração. Após 4 anos de carreira jurídica parei de lutar contra o meu desejo e aos 28 anos voltei para a faculdade para cursar design de interiores.
O faça você mesmo foi o que me inspirou de cara, me encantava a possibilidade de mudar o meu ambiente com minhas próprias mãos, com soluções simples e possíveis.

Ana Feitoza em seu lar assinado por ela com muito estilo como a inclusão da balança vermelha. Crédito foto: @isarolim_fotoarq

Seu trabalho foca na vida simples sem ser minimalista. Quais são os principais benefícios desse estilo de vida na arquitetura e no design de interiores?

Estar cercado por aquilo que nos faz feliz é o maior benefício da decoração afetiva. Olhar ao redor e ver objetos, cores e memórias que trazem bem-estar é como receber um abraço diário do nosso próprio lar. Cada detalhe carrega uma história, um afeto, uma conexão com quem somos e com o que amamos.
Mais do que estética, a decoração afetiva é sobre pertencimento. É sobre transformar a casa em um refúgio que acolhe, inspira e fortalece. Afinal, morar bem vai além de tendências—é viver em um espaço que nos faz sentir verdadeiramente em casa.

O que é e como atua a neuroarquitetura?

A neuroarquitetura estuda como os espaços construídos influenciam nossa saúde mental. Nenhum ambiente é neutro — o lugar onde vivemos impacta diretamente nosso bem-estar. Compreender esses aspectos nos permite criar espaços mais acolhedores e funcionais. Dentro desse conceito, as cores podem estimular o bom humor, o otimismo e a calma; as texturas desempenham um papel essencial na sensação de conforto; e elementos como iluminação adequada, boa ventilação e organização prática contribuem para um lar mais equilibrado. Cada detalhe, por menor que pareça, exerce influência sobre nós no dia a dia.

Ana Feitoza, em seu lar, onde em cada canto, um objeto que traz a memória muito amor.
Crédito foto: @isarolim_fotoarq

O seu Instagram, @sehabitar, tem um grande número de seguidores que se inspiram no seu trabalho. Como você utiliza essa plataforma para promover seus conceitos de arquitetura, design e vida simples?

Meu principal objetivo é mostrar que morar bem é possível e que a felicidade em casa não depende de luxo. O simples funciona — e entender isso é libertador. Em um país de tantas desigualdades financeiras, ninguém deveria sentir que viver bem em casa é um privilégio inacessível. Pequenas mudanças, como uma nova pintura, a presença de plantas e um layout bem planejado, fazem toda a diferença e tornam qualquer lar mais acolhedor e feliz.

Você participou de uma visita virtual com Lufe Gomes, do perfil “Life by Lufe”. Como foi essa experiência e quais aspectos do seu trabalho e estilo de vida você mais gostou de compartilhar durante essa visita?

Participar do Life by Lufe foi uma experiência inesquecível! Estar dentro do maior canal de design e arquitetura do Brasil e trocar ideias com Lufe, esse ser humano tão singular, foi simplesmente indescritível. Para mim, foi como um selo de validação do que venho buscando: um morar possível e cheio de afeto. Fiquei feliz em mostrar que todos nós somos capazes de transformar nossa casa com as mudanças certas, mas também me encantou poder revelar a riqueza do artesanato paraibano, valorizando a arte e a cultura da nossa terra.

Durante a pandemia, participamos do projeto Reconexão Ghar da querida Erika Karpuk. Como essa experiência influenciou sua visão sobre a arquitetura e o design voltados para o bem-estar e a conexão com o lar?

Participar do Reconexão Ghar transformou minha relação com minha casa. Por muito tempo, eu só conseguia enxergar seus defeitos, como se estivéssemos em conflito. Mas Erika me ensinou a olhar para meu lar com mais carinho, e isso mudou tudo. Hoje, levo esse aprendizado para minha vida profissional, quase como uma discípula que repassa os ensinamentos de sua mestre. Morar bem é possível — basta olharmos para nossa casa com amor e um toque de boa vontade.

Você poderia compartilhar algumas dicas práticas para quem quer começar a simplificar seu espaço e sua vida utilizando os princípios da neuroarquitetura?

Abra as janelas e deixe a luz entrar! Somos parte da natureza e a ela devemos nos reconectar. Vamos resgatar o valor do que é natural: a luz que invade os espaços, o verde que nos revigora. Traga mais vida para dentro de casa com plantas, escolha materiais naturais, como algodão para sofás e roupas de cama, palha nos cestos e na decoração. Deixe sua casa contar sua história por meio de objetos e lembranças, criando um ambiente que harmonize sua mente e suas memórias. E se a vista não for das melhores, aposte em imagens que remetam à natureza—um pequeno detalhe que já contribui para o bem-estar no lar.

Visite o Instagram @sehabitar e confira mais fotos fofa como essa.
Crédito foto: @isarolim_fotoarq

Ana Feitoza – Decoração de interiores

  • Designer afetivo;
  • Consultoria on-line;
  • Transforme seu espaço.

Instagram @sehabitar

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