Coral Paulistano realiza concerto em homenagem ao álbum de estreia do grupo Secos & Molhados, com participação especial de João Ricardo

O ano de 1970 marcava o início da banda Secos & Molhados, caracterizada por estética ousada e composições que se tornaram clássicos no cenário musical brasileiro. Em concerto especial, Coral Paulistano viaja no tempo e dá voz e novos ares ao álbum quinquagenário na íntegra.

Coral Paulistano. Foto: Larissa Paz.

Em maio, o Coral Paulistano e a Orquestra Sinfônica, sob regência de Maíra Ferreira, com direção de Otávio Juliano e participação especial de João Ricardo, apresentam Secos & Molhados, um concerto em homenagem aos 52 anos do álbum homônimo, que figura constantemente as primeiras posições nas listas de álbuns e capas mais icônicas da música brasileira. As apresentações acontecem no dia 16, sexta-feira, às 20h, e 17, sábado, às 17h, na Sala de Espetáculos do Theatro Municipal de São Paulo.
 

Neste concerto, o Coral Paulistano apresenta as canções desse icônico disco de estreia de Secos e Molhados, como Sangue Latino, O Vira, Rosa de Hiroshima, O Vira, Fala, Flores Astrais, entre outras. Além de poemas, vertidos em música, dos seguintes autores: Cassiano Ricardo, Manuel Bandeira, Vinícius de Moraes e João Apolinário, pai de João Ricardo. Os ingressos custam de R$11 a R$70, a classificação é livre duração de 60 minutos.

Meio século de história de volta ao palco

A origem do nome da banda é tão emblemática, quanto o grupo em si, em 1970, durante uma viagem do cantor e compositor, João Ricardo, que estava em Ubatuba e se deparou com um armazém cuja placa indicava “secos e molhados”. Os dizeres lhe chamaram a atenção, e imaginou que seria um excelente nome para sua banda. No ano seguinte, o grupo foi formado ao lado de Ney Matogrosso e Gérson Conrad e, em 23 de maio de 1973, gravaram seu primeiro disco de estúdio: Secos & Molhados.
 

Com letras atemporais e vocais marcantes de Ney Matogrosso, o disco uniu estilos musicais como folk, pop, glam rock, free jazz, rock progressivo e baião, o que possibilitou a conquista de fãs de gêneros musicais completamente distintos, inclusive os admiradores do mundo underground. Com a maioria dos arranjos escritos por Zé Rodrix, Secos e Molhados utilizava instrumentos elétricos, tinha um forte apelo cênico em suas performances e uma estreita relação com a poesia. Além disso, a capa do disco, de autoria do fotógrafo Antonio Carlos Rodrigues foi eleita, através de enquete, em 2000 pelo jornal Folha de São Paulo como a melhor já produzida no país.
 

O concerto tem direção de Otávio Juliano, responsável pelo documentário Secos & Molhados (2021), e foi durante as gravações das entrevistas para o documentário com João Ricardo, realizadas no Theatro Municipal, que o diretor comentou sobre a possibilidade de ter “a obra da banda Secos & Molhados cantada por esse coral incrível”, e Ricardo, o principal compositor e fundador da banda adorou a ideia.

Sobre o concerto, o diretor pontua: “Será também um espetáculo com elementos audiovisuais novamente, como o de 85 anos do Coral Paulistano, com a presença do próprio João Ricardo, que é muito raro, celebrando a música do Secos e Molhados, as composições incríveis de um álbum que entra na história, considerado um dos grandes álbuns da música brasileira, e a capa considerada pela revista Rolling Stone, como uma das melhores capas de todos os tempos. Então, serão duas noites muito especiais para celebrar essa obra”.
 

Maíra Ferreira, regente do Coral Paulistano. Foto: Larissa Paz.

A regente, Maíra Ferreira, destaca a importância de valorizar e trazer novos ares para um clássico da música nacional. “Esse repertório é inesquecível, está na memória dos brasileiros, uma obra que foi feita na década de 70 e ainda é tão presente. O Coral Paulistano busca valorizar a música brasileira, todas as músicas brasileiras, não o que chamamos de música de conceito apenas, mas a música que tem nossa identidade. Então achamos que seria ideal a junção de todas essas forças e celebrar essa música que é nacional e diferente do que costumamos apresentar, porque o nosso público também merece diversidade”, conclui.

SERVIÇO

16 de maio, sexta-feira, 20h

17 de maio, sábado, 17h

Sala de Espetáculos – Theatro Municipal de São Paulo
 

CORAL PAULISTANO

ORQUESTRA SINFÔNICA MUNICIPAL

Maíra Ferreira, regência

Otávio Juliano, direção

João Ricardo, participação especial

Sangue Latino

O Vira

O Patrão Nosso de Cada Dia

Amor

Primavera nos Dentes

Mulher Barriguda

El Rey

Rosa de Hiroshima

Rondó do Capitão

As Andorinhas

Fala

Flores Astrais

O hierofante

Doce e amargo

Toada & Rock & Mambo

& Tango & etc.
 

Ingressos de R$11,00 a R$70,00 (inteira)

Classificação livre para todos os públicos – Sem conteúdos potencialmente prejudiciais para qualquer faixa etária.

Duração total:Aproximadamente 60 minutos (sem intervalo)

Mais informações disponíveis no site.

Assessoria de imprensa

André Santa Rosa 

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