Cobra das Tempestades, de Lya Alves

Obra de Lya Alves.
Foto / Divulgação

Cobra das Tempestades é o nome do painel que dá nome a nova série de trabalhos de Lya Alves sobre conflitos indígenas. São reflexões sobre valores, questionamentos, sentimentos e a interação do indígena com o urbano, passando pelo universo gráfico e filosófico da artista. Cobra das Tempestades é uma possível tradução para o nome de Araribóia, herói nacional e fundador da cidade de Niterói, a cidade das águas escondidas, onde a artista vive. Os rostos e os grafismos encontram lugar no conflito entre urbano e indígena, entre a filosofia de paz versus a ocupação, entre a passividade e o confronto. A contradição da sociedade de consumo, que produz artefatos indígenas para a prateleira, mas por outro lado, quer a população indígena e seus descendentes bem distantes, é a estratégia poética que a artista utiliza para revelar as engrenagens da alienação.

O processo criativo começa com esse contexto social, que se transfigura em emoções e pensamentos contraditórios, que assumem ares de arte urbana e pop art, em cores vibrantes, grafismos, realismo, arte contemporânea e se apropriam do ambiente onde estão para refletir a alma humana, tema favorito da artista. A série está em cartaz na exposição conexões Niterói, junto com as obras de Daniel Murgel, Sergio Santeiro e Veronica Accetta. 09/11 a 31/12 Local: Sesc Niterói Rua Padre Anchieta nº 56, Centro Visitação: terça a sábado. 8:00h ás 17:00h

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