?Entrevista comemorativa – CELSO FIOVARANTE, 10 anos MAPA DAS ARTES

Celso Fioravante, ao fundo obra de Tatiana Cavinato Foto / Divulgação

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CELSO FIORAVANTE paulistano, jornalista, criador do site MAPA DAS ARTES, curador e escritor.

1. Um dos objetivos ao criar o site MAPA DAS ARTES foi dar maior visibilidade e acessibilidade aos artistas brasileiros?

Na verdade nunca pensei muito no artista plástico. Ao criar o Mapa das Artes, pensei primeiro em cidadania e na cidade de São Paulo, na dificuldade de se locomover nela e como isso criava uma impressão negativa para a cidade. Pensei também no direito que todos tem de ter acesso à informação e em como os veículos de imprensa não davam espaço para as artes plásticas. Com um mapa nas mãos o cidadão passaria a compreender melhor e amar mais a sua cidade. Queria também mostrar a cidade de uma maneira mais humana, inteligente e generosa, em que as pessoas pudessem frequentar museus e galerias sem medo. O Mapa das Artes deve ser um passaporte, um salvo conduto, um bilhete de entrada para os espaços culturais. Com o Mapa das Artes na mão, o cidadão comum não é mais visto como um intruso em uma galeria de arte ou em um museu.

2. Somente o talento não é suficiente para um artista se destacar. Quais sugestões você daria a um artista novato?

Além de talento e dedicação, o artista precisa ter informação, organização, bom senso, dinheiro e amigos. Se faltar algum desses quesitos, é melhor começar a pensar em um plano B.

3. O site MAPA DAS ARTES realizou edições do Salão dos Artistas Sem Galeria, ou seja, artistas que não tinham contratos formais ou representações de Galerias de Arte. Como foi este projeto? Teve resultados positivos?

Assim como o Mapa das Artes, o Salão dos Artistas Sem Galeria é um sucesso. Isso por conta de seu ineditismo e de seu espírito cooperativo, onde todos pagam uma taxa para que apenas alguns sejam selecionados e exibidos. O Salão é um sucesso pois mostra que a partir de uma iniciativa conjunto é possível criar meios para que a produção artística seja exibida, vista criticamente, catalogada, divulgada e comercializada sem a necessidade de apoio da iniciativa privada e, principalmente, pública.

4. Recentemente aconteceu em Sampa mais uma edição da SP-Arte. Você teve a oportunidade de visitá-la?

Sim. Fui em todas as edições da SP-Arte e não apenas no dia de abertura, mas todos os dias. É lá que encontro artistas, galeristas, curadores, críticos, amigos e, principalmente, informação. Isso faz parte do meu trabalho e, realmente, visitar uma feira de arte ou qualquer tipo de evento artístico depois de duas taças de champagne não é nada produtivo.

5. Em dez anos, muita coisa aconteceu no MAPA DAS ARTES. Cite alguns acontecimentos mais significativos.

O que interessa ao Mapa das Artes não são acontecimentos esporádicos, mas a sua continuidade e ter se tornado peça fundamental para o desenvolvimento do cirtcuito de arte brasileiro e sua visibilidade no exterior. O Mapa das Artes foi importantíssimo para a consolidação do circuito de arte no Brasil. Os galeristas sabem disso e por isso apóiam o veículo há dez anos.

 

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